A linguagem molda relações no trabalho. Expressões comuns podem carregar preconceitos e reforçar exclusões, mesmo sem intenção.
Muitas frases vêm de contextos como escravidão e colonização. Evitar seu uso é essencial para promover respeito e equidade no ambiente corporativo.
Expressões ofensivas podem gerar exclusão, desconforto e conflitos, mesmo quando ditas sem intenção de ofender.
Por isso, adotar uma linguagem inclusiva é um gesto de empatia e consciência que torna o ambiente profissional mais ético e humano.
“Judiar” tem origem no termo “judeu” e está associado a atos de crueldade. Por isso, substitua por “maltratar” ou “machucar”.
“Feito nas coxas” vem da época colonial, quando telhas eram moldadas nas coxas de pessoas escravizadas. Use “improvisado” ou “sem padrão”.
Associar “programa de índio” a algo ruim reforça estereótipos indígenas. Prefira: “evento desorganizado” ou “atividade mal planejada”.
“Dar mancada” associa deficiência física a erro. Substitua por “cometeu um erro” ou “falhou” para evitar termos capacitistas.
“Denegrir” tem origem no latim e significa “tornar negro”. Ao ligar escurecer a algo ruim, reforça o racismo. Use “difamar” ou “rebaixar”.
Expressões como “você está cego?” usam deficiências como metáforas negativas. Use “Você foi desatento?” ou “Você não percebeu?”.
“Mal-amada” é usada de forma sexista para descrever mulheres firmes ou irritadas. Prefira “frustrada” ou “ressentida”.
A frase “a coisa tá preta” associa negritude a algo ruim. Isso reforça o racismo estrutural. Prefira “a situação está difícil” ou “complicada”.
“Dia de branco” sugere que só pessoas brancas trabalham. Prefira expressões como “dia cheio” ou “rotina intensa” para evitar esse viés.
A expressão “criado-mudo” surgiu na escravidão, referindo-se à submissão imposta. Use “mesa de cabeceira” ou “mesa lateral”.
Um ambiente verdadeiramente inclusivo valoriza e protege todos, independentemente de sua origem, orientação ou condição.
Por fim, evitar expressões pejorativas no trabalho é um gesto simples, mas poderoso. Palavras moldam o ambiente e podem incluir ou excluir.
A linguagem inclusiva é uma necessidade. Ela mostra respeito, promove justiça e fortalece o espaço de todos. Logo, ao adotar um vocabulário consciente, você contribui para um ambiente de trabalho mais justo e humano.