Pessoa escrevendo uma redação, representando a participação em concurso público.

Top 10 Tópicos de Redação para Concursos Públicos

Passar em um concurso público nunca foi uma tarefa simples. E, em 2025, essa realidade se intensificou ainda mais, uma vez que a preparação vai além do domínio das disciplinas objetivas. Agora, o candidato precisa demonstrar sua capacidade de argumentação, clareza e organização das ideias, pois a redação passou a ser um fator decisivo na classificação final.

Ademais, é importante compreender que escrever bem não é uma habilidade exclusiva de quem tem talento. Na verdade, a escrita eficaz se desenvolve por meio da prática frequente, da leitura qualificada e do estudo contínuo. Quando o concurseiro domina a estrutura textual, compreende os temas da atualidade e conhece a norma padrão da língua portuguesa, ele se destaca dos demais.

Neste post, você vai entender os motivos pelos quais a redação é uma etapa tão relevante, conhecer os gêneros textuais mais comuns nos editais e explorar os principais temas que podem ser cobrados nas provas em 2025. Além disso, reunimos orientações práticas para melhorar a sua escrita, desde a escolha dos argumentos até a gestão eficiente do tempo.

Por que estudar para redações de concurso público?

A redação exerce um papel estratégico na jornada do concurseiro. Isso porque, além de avaliar a capacidade de argumentar e de se expressar com clareza, ela possui um peso significativo na nota final. As principais bancas, como Cebraspe, FCC e FGV, costumam atribuir grande valor, tornando possível que um candidato com bom desempenho na redação ultrapasse outros concorrentes.

Além disso, é importante considerar que a redação pode funcionar como critério eliminatório. Pois, em muitos editais, existe uma nota mínima exigida nessa etapa, ou seja, mesmo que o candidato vá bem nas demais provas, não alcançar o mínimo na redação o elimina automaticamente.

Adolescente estudando em uma mesa repleta de itens de papelaria, e fazendo anotações em seu caderno.

Por fim, a redação também costuma ser usada como critério de desempate. Quando dois candidatos apresentam a mesma pontuação nas etapas anteriores, o melhor desempenho no texto determina quem ocupará a vaga. Isso demonstra como a escrita bem planejada e argumentada pode ser decisiva em todas as fases da seleção pública.

Quais são os tipos de textos que mais são cobrados?

Os concursos públicos costumam cobrar diferentes tipos de redação, e é essencial conhecer cada um para se preparar adequadamente. O mais comum é o texto dissertativo-argumentativo, que exige do candidato a apresentação de uma tese clara, o desenvolvimento de argumentos consistentes e a proposta de uma solução para o problema abordado.

Outro formato frequente é o dissertativo-expositivo. Nesse modelo, o foco está na explicação de um tema específico, geralmente relacionado à área de atuação do cargo. Sendo assim, a exigência aqui recai sobre a precisão conceitual e a clareza na exposição das informações.

Garota escrevendo o esboço de uma redação em um caderno. Seu notebook esta ao seu lado, assim como seu celular.

Também bastante presente em concursos de carreiras jurídicas e de segurança pública está o estudo de caso. Essa proposta solicita que a pessoa resolva um problema prático com base em legislação vigente, doutrinas ou princípios aplicáveis.

Por fim, embora menos frequente, o resumo ou parecer pode aparecer em alguns exames. Esse tipo de redação exige do candidato habilidade de síntese e objetividade, uma vez que deve condensar as ideias principais de um conteúdo prévio ou emitir uma opinião técnica embasada em normas e diretrizes específicas.

10 temas que podem cair nas redações de concurso em 2025

Agora que você compreende a importância de estudar para a redação e conhece os tipos textuais mais comuns cobrados em concursos, é hora de avançar para uma etapa igualmente estratégica: identificar os temas que podem aparecer na sua prova em 2025.

As bancas examinadoras costumam se apoiar em acontecimentos recentes, debates sociais relevantes e desafios contemporâneos enfrentados pela sociedade brasileira e global.

[…] Vão trazer ao candidato temas da realidade brasileira contemporânea, seja na Economia, na Política, Meio Ambiente, Povos Indígenas, questões relacionadas à desigualdade. Então, se mantenha bem informado, leia os noticiários e não leiam fake news.

Regina Camargos, secretária adjunta de Gestão de Pessoas do MGI e coordenadora da Comissão de Governança do CPNU.

Sendo assim, estar atualizado com o noticiário, refletir criticamente sobre os acontecimentos e desenvolver repertório sólido são práticas essenciais. A seguir, apresentamos dez temas que refletem o cenário atual do país e do mundo, e que têm forte potencial de aparecer nas provas de redação.

Guerra na Ucrânia

O conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em 2022, segue afetando diversos países, inclusive o Brasil. As sanções impostas à Rússia impactaram a economia global, elevando os custos dos combustíveis e dos fertilizantes, itens fundamentais para o agronegócio brasileiro. 

Além dos impactos econômicos, o Brasil também enfrenta desafios diplomáticos relacionados à sua postura frente ao conflito. A neutralidade adotada pelo país é alvo de debates e críticas, e levanta discussões sobre o papel do Brasil em questões internacionais.

Disseminação de fake news

A disseminação de fake news tornou-se um problema estrutural em diversos contextos, desde eleições até campanhas de vacinação. O ambiente digital permite que informações falsas circulem com rapidez, impactando decisões individuais e políticas públicas. Nesse cenário, torna-se essencial discutir educação midiática, responsabilização de usuários e a atuação das plataformas digitais.

Mudanças Climáticas

As mudanças climáticas se intensificam e se refletem em eventos extremos cada vez mais frequentes, como as enchentes no Sul do Brasil e secas prolongadas no Nordeste. Essas ocorrências colocam em risco vidas humanas, destroem infraestrutura e comprometem a produção agrícola e energética.

Faixa de fogo avançando pela vegetação seca vista de cima.

Para enfrentar esse cenário, é indispensável discutir a transição para fontes de energia limpa, políticas públicas de adaptação e responsabilidade compartilhada entre governos, empresas e cidadãos. A redação sobre esse tema exige atualização sobre o debate climático global e seus reflexos no contexto nacional.

Cultura do cancelamento

A cultura do cancelamento, nascida da necessidade de responsabilizar figuras públicas, muitas vezes se transforma em julgamentos coletivos e punições desproporcionais. Pois, as redes sociais são utilizadas para disseminar ataques e criar ambientes hostis, gerando medo, ansiedade e até quadros graves de depressão.

Sendo assim, é necessário refletir sobre os limites entre crítica legítima e discurso de ódio. Ao mesmo tempo em que se busca justiça social, é preciso construir espaços de diálogo, em que erros possam ser corrigidos sem destruir trajetórias e reputações. Educação digital e empatia são caminhos para lidar com esse fenômeno.

Proibição de celulares na escola

O uso excessivo de celulares em sala de aula interfere na concentração, prejudica o desempenho acadêmico e potencializa o risco de cyberbullying. Por isso, cresce a adoção de políticas que restringem ou proíbem o uso desses aparelhos durante as atividades escolares.

Dois adolescentes com mochilas interagindo com seus celulares, em frente a um fundo branco.

Esse debate envolve o equilíbrio entre o uso consciente da tecnologia e a preservação do ambiente pedagógico. É preciso avaliar como o celular pode ser uma ferramenta educativa e, ao mesmo tempo, entender os prejuízos da distração constante.

Diversidade e inclusão

A diversidade no ambiente de trabalho é uma pauta crescente. No entanto, ainda existem barreiras estruturais que dificultam o avanço de mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência em cargos de liderança. Para abordar esse tema é necessário analisar os impactos sociais e econômicos das políticas de inclusão.

Mineração em terras indígenas

A expansão da mineração em terras indígenas tem gerado inúmeros conflitos sociais e ambientais. A contaminação de rios por mercúrio e a violência contra comunidades tradicionais evidenciam os danos causados por atividades ilegais e pela ausência de fiscalização efetiva. Sendo assim, refletir sobre esse tema implica analisar o choque entre interesses econômicos e os direitos dos povos originários.

A redução na jornada de trabalho

A discussão sobre a redução da jornada semanal para quatro dias ganha força com experiências positivas em diversos países. Entre os benefícios estão a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, aumento da produtividade e redução de afastamentos por motivos de saúde.

Homem com expressão cansada segurando um grande relógio, representando a exaustão por longas jornadas de trabalho em escritório.

No entanto, implementar essa mudança no Brasil envolve avaliar impactos legais, econômicos e culturais. É importante considerar como empresas e trabalhadores poderiam se adaptar, além de discutir modelos de reestruturação das rotinas laborais.

Conflitos migratórios

Guerras, crises econômicas e desastres ambientais têm provocado deslocamentos em massa pelo mundo. A questão migratória envolve o acolhimento humanitário, a integração social e os impactos nos serviços públicos. Sendo assim, a abordagem exige empatia, conhecimento de direitos  e a análise de políticas públicas que promovam dignidade, segurança e inclusão.

Regulamentação das redes sociais

Com o aumento de discursos violentos e da propagação de conteúdo nocivo, cresce o debate sobre a regulamentação das redes sociais. Diversos projetos de lei propõem a responsabilização das plataformas pelo que é publicado nelas.

Esse tema exige equilíbrio entre liberdade de expressão e a necessidade de proteger os usuários, especialmente os mais vulneráveis. Outrossim, a discussão envolve também o papel das empresas de tecnologia e as limitações da regulação sem censura. Trata-se de um dos assuntos mais relevantes no campo digital contemporâneo.

Como fazer uma boa redação em concursos?

Para alcançar um bom desempenho na redação de concursos públicos, não basta apenas ter conhecimento sobre o tema. É necessário desenvolver uma série de habilidades práticas e estratégicas que envolvem organização, domínio da estrutura textual e controle do tempo.

Mulher escrevendo em um caderno, tentando fazer uma boa redação. Ela escreve com um lapis.

Apesar da redação ter um peso significativo na nota final, muitos candidatos ainda negligenciam essa parte da preparação, o que pode comprometer o desempenho geral no concurso. Essa falta de atenção pode ser resultado da crença de que a escrita é apenas uma habilidade natural, quando na verdade ela exige treino, técnica e estratégia.

Sendo assim, para evitar esse erro comum e garantir um desempenho acima da média, é fundamental incorporar práticas específicas ao plano de estudos. A seguir, você pode conferir as melhores recomendações:

Esteja por dentro das atualidades – Leia jornais confiáveis, assista a documentários e produza resumos semanais. Repertório atualizado evita fuga do tema.

  • Treine o tempo de redação: Use cronômetro para saber quanto tempo você leva para produzir o seu texto, o ideal é que demore 10 minutos para análise, 15 para rascunho, 25 para escrita e 10 para revisão, considerando que vá escrever um texto de 30 linhas;
  • Entenda o tipo de texto e temática: Leia as instruções com atenção. Você deve seguir exatamente o tipo textual que a banca pedir, caso contrário, será eliminado automaticamente;
  • Selecione os argumentos precisamente: Faça a famosa “nuvem de ideias”, escolha dados, citações e exemplos que sustentem a tese, e vá eliminando informações repetitivas ou suspeitas;
  • Priorize a gramática, coesão e coerência: Revise regência, concordância, pontuação. E, use conectores adequados (além disso, contudo, portanto…) para ligar ideias e garantir fluidez.
Menina sentada na grama enquanto se planeja para estudar redação.

Garantir uma nota alta na redação é viável quando o estudo alia teoria, prática e atualização constante. Ao compreender a estrutura exigida pelas bancas, treinar a gestão do tempo e cultivar repertório diversificado, o candidato transforma a etapa discursiva em vantagem competitiva.

Portanto, inclua a produção textual em sua rotina de estudos desde agora. Escolha um dos temas apresentados, escreva sua redação completa e revise cuidadosamente coesão, coerência e gramática.

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