Kiwi, quivi ou quiuí: Qual é a forma correta?
A Língua Portuguesa é cheia de curiosidades e adaptações que despertam dúvidas em quem busca escrever de acordo com a norma culta. Uma dessas dúvidas aparece quando falamos de uma fruta popular e nutritiva: kiwi, quivi ou quiuí? Essa questão não é apenas ortográfica, mas também reflete como os estrangeirismos são incorporados ao português.
Além disso, essa dúvida se torna ainda mais importante porque a palavra apresenta diferentes registros em dicionários e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). Alguns reconhecem apenas a versão aportuguesada, enquanto outros aceitam também a forma estrangeira. Esse cenário causa insegurança na escrita, mas compreender as diferenças ajuda a escolher com clareza.
Neste post, vamos analisar em profundidade as diversas grafias, a origem da palavra e também vamos apresentar curiosidades sobre a fruta e a ave que compartilham esse nome. Ao final, você terá uma visão clara de qual é a forma correta e como utilizar cada uma em diferentes contextos.
Entenda a origem da palavra
O kiwi é um fruto originário da Ásia que se popularizou mundialmente, especialmente após ser cultivado em larga escala na Nova Zelândia. Ele se destaca pela casca marrom e levemente peluda, pela polpa verde vibrante repleta de pequenas sementes pretas e pelo sabor agridoce característico. Além de nutritivo e rico em vitamina C, tornou-se um dos alimentos mais consumidos em saladas de frutas, sobremesas e sucos.
No entanto, o nome da fruta não nasceu aí. O termo tem origem no idioma maori, falado pelos povos nativos da Nova Zelândia, pois eles já utilizavam a palavra para designar uma ave típica do país, que não voa e é considerada símbolo nacional. Dessa forma, quando a fruta passou a ser cultivada em grande escala no território, adotou-se o mesmo nome, reforçando a ligação entre a cultura local e o produto.
A partir disso, o vocábulo foi incorporado ao inglês como kiwi e, posteriormente, difundiu-se para outras línguas. Quando chegou ao português, sofreu adaptações de acordo com a fonética e as regras ortográficas, como costuma acontecer com estrangeirismos.
A influência dos estrangeirismos no português
O caso do kiwi é um bom exemplo de como a Língua Portuguesa lida com palavras estrangeiras. Em alguns contextos, opta-se por manter a forma original (shopping, hambúrguer), enquanto em outros a preferência recai sobre a adaptação (abajur, batom, boxe). Essa diferença de tratamento ilustra como o idioma se ajusta de acordo com as necessidades culturais e comunicativas.
De modo geral, a escolha entre preservar ou adaptar um estrangeirismo está diretamente ligada a fatores como a sonoridade da palavra e a sua facilidade de pronúncia. Além disso, a frequência de uso no cotidiano também exerce grande influência, pois quanto mais popular o termo, maior a tendência de sofrer aportuguesamento.
Por essa razão, observamos que alguns estrangeirismos permanecem inalterados, mantendo-se próximos à forma original, enquanto outros passam por um processo de adaptação. Essa transformação garante maior naturalidade na comunicação e mostra a capacidade da Língua Portuguesa de absorver novos elementos sem perder sua identidade.
Kiwi, quivi ou quiuí? Entenda as diferenças
O VOLP reconhece apenas a grafia quiuí, e isso é significativo porque o vocabulário da Academia Brasileira de Letras é a principal referência oficial para a ortografia da Língua Portuguesa. Assim, sempre que há dúvida sobre qual forma seguir em textos acadêmicos, jurídicos ou formais, o VOLP é a fonte que deve ser consultada.
Entretanto, outros dicionários também registram o uso de kiwi como estrangeirismo, evidenciando que a palavra circula no português, mesmo sem ser a forma aportuguesada oficial. A seguir, veja uma comparação entre cada grafia e a explicação de quando utilizar uma ou outra, de acordo com o contexto e a norma culta.
Kiwi
A grafia kiwi corresponde à forma original e é a mais utilizada em contextos comerciais e informais. Nos supermercados, embalagens e propagandas, é comum encontrar o termo nessa versão, por ser de fácil reconhecimento global.
No entanto, é importante destacar que o uso das letras “k” e “w” caracteriza o vocábulo como um estrangeirismo. Essa classificação reforça que, embora amplamente aceito no cotidiano, o termo não segue integralmente as regras ortográficas do português, funcionando mais como uma adaptação prática do inglês.
Quiuí
A forma quiuí é a adaptação oficial para o português brasileiro. De acordo com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras, apenas essa grafia é registrada como correta. Essa versão respeita a fonética da palavra e segue as regras de acentuação do português, já que se trata de uma oxítona terminada em vogal precedida de outra vogal com pronúncia distinta, como ocorre em baú e Piauí.
No Brasil, portanto, “quiuí” é a forma recomendada pela norma culta. Por ser reconhecida oficialmente, é a mais aceita em ambientes formais, acadêmicos e jurídicos, garantindo clareza na comunicação escrita.
Quivi
Já a forma quivi é mais comum em Portugal. Pois, essa variação busca simplificar a pronúncia e adequar a grafia ao padrão português europeu. Embora menos usada no Brasil, também é reconhecida em alguns dicionários como variante de “quiuí” e pode ser usada em contextos informais.
Ademais, em Portugal, tanto “quivi” quanto “kiwi” aparecem em registros lexicais e no uso cotidiano. Essa coexistência demonstra a flexibilidade da língua e como diferentes comunidades podem adotar soluções próprias para adaptar estrangeirismos.
Exemplos de uso e a importância de compreendê-los
Para compreender melhor como aplicar as diferentes grafias no cotidiano, nada melhor do que observar exemplos práticos. Eles tornam a explicação mais clara e aproximam a teoria do dia a dia, ajudando o leitor a fixar a informação de forma natural e intuitiva.
Além disso, os exemplos cumprem um papel pedagógico essencial, pois permitem visualizar situações reais de uso e consolidar o aprendizado. Assim, além de compreender as regras, o leitor consegue relacionar o conteúdo com a prática, facilitando a compreensão.
- “O quiuí é uma das frutas mais ricas em vitamina C, essencial para fortalecer o sistema imunológico.”
- “O preço do quivi subiu bastante em Portugal, tornando essa fruta menos acessível.”
- “Comprei uma torta decorada com morango e kiwi, deixando a sobremesa mais fresca.”
- “Ele tem alergia a quiuí e precisou procurar atendimento médico imediato.”
- “Na Nova Zelândia, o kiwi é símbolo nacional tanto pela fruta quanto pela ave.”
Por que devo saber escrever corretamente esse termo?
Escrever corretamente o termo é fundamental porque garante clareza e evita ambiguidades na comunicação. Quando usamos a forma registrada pelo VOLP, transmitimos profissionalismo e respeitamos a norma culta, o que é especialmente relevante em contextos acadêmicos, jurídicos e formais.
Além disso, a escrita adequada contribui para a padronização da língua, facilitando a leitura e a compreensão em diferentes situações. Isso ajuda o leitor a identificar rapidamente o termo correto e a associá-lo tanto à fruta quanto às variações culturais que envolvem seu nome.
Por fim, preocupar-se com a ortografia demonstra cuidado com a língua portuguesa e reforça a credibilidade de quem escreve. Em um mundo onde a comunicação é cada vez mais valorizada, dominar a grafia correta do termo “kiwi” — ou melhor, quiuí — é um diferencial que favorece a boa expressão e a compreensão mútua.
Por fim, o debate entre kiwi, quivi ou quiuí mostra como a Língua Portuguesa é dinâmica e se adapta às influências externas. Embora “kiwi” seja a forma mais difundida no comércio e no dia a dia, a norma culta brasileira estabelece que a grafia correta é quiuí. E, em Portugal, “quivi” ganha espaço como adaptação local.
Essa diversidade de formas gráficas revela a riqueza do idioma e a maneira como ele se transforma para acolher novas palavras. Ao escrever, escolha a forma adequada a cada contexto: use quiuí em textos formais, adote quivi em publicações voltadas ao público português e não hesite em empregar kiwi em situações informais ou globais.
Afinal, a língua é viva e, assim como o sabor marcante da fruta, se reinventa constantemente. Saber usar essas variações de forma consciente é uma maneira de se comunicar melhor e valorizar a complexidade da nossa língua.
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